Dr. Edward Bach
Era uma vez...
Numa pequena vila (Moseley), de um país muito antigo (que em eras passadas havia abrigados muitos magos celtas. Inglaterra) nasceu (em 24 de setembro de 1886) um menino muito frágil cujo nome no oriente significa “jardim” (Bach). Os seus primeiros meses de vida foram preocupantes para os seus pais. Mas, o tempo passou e a criança se fortaleceu e encheu-se de vitalidade.
Essa energia infantil, para os que compreendem, pode ter tido origem nas suas andanças pelos bosques e na sua admiração pela natureza. Também pela sua bondade. Todos o conheciam pela sua disposição de ajudar a quem necessitasse.
Bom filho ao terminar seus estudos foi trabalhar na usina de fundição de cobre do seu pai. Lá ele percebeu a triste condição de vida de centenas de pessoas que quando adoeciam pouco se fazia pelas mesmas. O seu coração foi tocado e tomou a decisão de ser médico para auxiliar as pessoas. Mas, o custo era alto. Ele angustiado pela falta de espaço, pela ausência da mãe natureza na usina optou por alistar-se na Cavalaria da rainha (aos 17 anos no Corpo de Cavalaria de Worcestershire) onde poderia ficar perto do verde e dos animais.
Contudo, um coração tocado pela aflição humana não cede fácil e o agora rapaz pediu ao pai para lhe pagar os estudos da arte de curar no que foi atendido (aos 20 anos entrou na Universidade de Birmingham).
Quando terminou os estudos na escola de medicina apaixonou-se vindo a se casar e deu inicio a atendimentos num pronto socorro da capital do reino (Pronto Socorro de Londres Casualty House Surgeon). Mas, para esse jovem era pouco ele queria estender a cura para muitas pessoas. Decidiu por se aperfeiçoar no que se acreditava ser a causa das doenças e passou a pesquisar sobre os minúsculos seres da natureza que causavam mal a uns e a outros não (trabalhou como pesquisador, Bacteriologista e imunologista). Muito esperto e estudioso logo fez vacinas (Nosódios) que foram usadas numa grande epidemia que assolou a Terra da Rainha (Gripe espanhola).
Ficava a pergunta martelando sua cabeça por que uns adoecem e outros não?
O tempo passou e toda a Terra do Meio foi abalada por um grande conflito (I Guerra Mundial). Prestimoso o jovem já transformado em homem tentou se alistar nas tropas da rainha. Porém, sua saúde já debilitada o impediu e ele não foi aceito. Como existem muitas formas de auxiliar ele passou a cuidar dos feridos da guerra (foi responsável por 400 leitos).
A dor veio visitá-lo quando o anjo da morte recolheu sua esposa (Gwendoline Caiger, que faleceu de difteria) ela já o havia presenteado com uma linda filha. As sombras não parariam por aí. Acometido de um grave mal foi cirurgiado e os curadores preconizaram pouco tempo de vida para esse homem (aos seus 31 anos de idade, teve uma severa hemorragia e foi levado desacordado para hospital. Sua família foi chamada para autorizar a cirurgia urgente de remoção de um tumor maligno no baço. Somente depois de acordar ficou ciente de sua situação de saúde e teve um prognóstico de 03 meses de vida).
Ele não se amarrou ao desespero e continuo servindo a todos que lhe procurassem. Com o tempo notou que estava forte e bem e que seu interesse pelo bem de todos e suas metas foram cruciais para seu restabelecimento. Reviveu das cinzas. Abre um novo consultório onde atende os pobres sem cobrar.
Ele, contudo queria mais... Mais que remédios que curassem os sintomas e deixassem as causas das doenças, das dores e do desespero. Iniciou-se na arte da Homeopatia (década de 20). Passa a utilizar os Nosódios de forma homeopática e por via oral e substitui os exames bacteriológicos pelo diagnóstico por meio dos sintomas emocionais relacionados com cada grupo de bactérias. Achava que dessa forma estaria poupando os pacientes da tortura e do estresse a que eram submetidos para a execução dos exames clínicos. Apostava na prevenção da saúde e no tratamento da causa da moléstia: “tratar o doente, não a doença” era o seu dito.
Foi durante um grande jantar que ele recebeu a resposta para sua pergunta tão antiga. Por que uns adoecem e outros não? Olhando para os convivas da ceia percebeu que todos tinham atitudes diferenciadas (os doze temperamentos) e relacionou isso com os seus pacientes. Percebendo que é a atitude do ser que o leva a doença ou a cura.
A natureza o continuava a chamar e ele atendeu seu pedido (fez uma viagem até o País de Gales) onde encontrou duas flores das quais fabricou uma nova vacina (Impatiens e Mimulus). Deixando a grande cidade (Londres em maio de 1930) foi viver no campo para poder se dedicar àquilo que sentia ser sua missão do momento: descobrir os tipos ou estados mentais e os novos remédios que pudessem curar aquelas pessoas. Ao viajar por engano trocou a mala onde levava seus instrumentos de pesquisa pela mala de sapatos. Como nada é por acaso, estes foram os instrumentos necessários: sapatos para percorrer incessantemente os campos em busca de plantas que curassem as dores da alma humana.
Foi em Gales que, caminhando de manhã cedo pelos campos teve um insight: as gotas de orvalho brilhando sobre as pétalas das flores lhe chamaram a atenção. Sabia que as flores tinham poder de cura e pensou que a as gotas de orvalho deveriam absorver algumas dessas propriedades. Levou o orvalho de uma flor à boca e conseguiu sentir seu efeito curativo. Não seria possível engarrafar as gotas de orvalho, então Bach percebeu que tudo o que precisava era água, flor e sol. “A luz do sol transfere para a água o poder da flor”.
Assim nasceu o Método Solar dessa forma simples passaram a serem produzidos seus medicamentos. Ele escreveu: “não permita que a simplicidade deste método o detenha, pois você vai perceber que quanto mais você se aprofundar nas pesquisas, mais perceberá que a simplicidade esta em toda a Criação”
Deixou como herança o Sistema de Cura denominado Florais de Bach as 38 essências ou as Ervas Curadoras - como ele chamava.
Morreu dormindo (em 27 de novembro de 1936, de parada cardíaca, aos 50 anos de idade) em sua casa, denominada Mount Vernon, em Oxfordshire. Lá funciona hoje o Bach Centre, onde se cultivam as plantas, colhem-se as flores e preparam-se as essências florais.
Essa é a história do...
Dr. Edward Bach que nos deixou um caminho para a cura:
“A prevenção e cura acontecem quando localizamos o erro dentro de nós mesmos e suprimimos este defeito por meio do cuidadoso aprimoramento da virtude que o destruirá; não combatendo diretamente o erro, mas desenvolvendo tanto estas virtudes que ele chegue a ser varrido de nossas naturezas”.
Bibliografia recomendada:
“Os Remédios Florais do Dr. Bach – Incluindo o Cura-te a ti mesmo” – Edward Bach - Editora Pensamento
“Aplicações Práticas dos Florais de Bach – Bellucco, Wagner; Bear, Jessica – Editora Pensamento
“Os Remédios Florais do Dr. Bach – Passo a Passo” – Judy Howard – Editora Pensamento
“Terapia Floral do Dr. Bach – Teoria e Prática “- Mechthild Scheffer – Editora Pensamento
“A Terapia Original com as Essências Florais de Bach”- Mechthild Scheffer – Editora Pensamento
“Benefícios dos Sistemas Florais no Alzheimer” – Bittar, Rosangela Vecci – Editora Rosangela Bittar
“Florais de Bach – O Livro das Fórmulas” – Bellucco, Wagner; Bear, Jessica – Editora Pensamento
“Florais de Bach e Abordagens Psicoterápicas” – Ursula Schmeling e Dagmar Konrath – Editora Movimento
“Dicionário dos remédios florais do Dr. Bach” – Jones T. W. Hyne – Editora Pensamento
“Gestual dos florais de Bach” – Dr. Wagner Belluco – Editora Pensamento