Metáforas de Curas - Self Resolution
Self Resolution é uma técnica da Hipnoterapia. Usando relaxamento profundo e transe a pessoa é levada a acessar a situação base que gera seu desconforto. É um Encontro Consigo onde são esclarecidas as causas do problema que estão a afetar o equilíbrio da pessoa no momento presente. É o próprio subconsciente que dirige a vivência. Na Self Resolution o sujeito (pessoa) pode experiência uma TVP, uma Regressão de Idade, uma Experiência Mística ou uma Catarse Emocional. Uma das ferramentas da Self Resolution são as Metáforas Terapêuticas.
As metáforas podem ser usadas quando o terapeuta deseja gerar uma mudança ou ampliação de perspectiva na pessoa. São ferramentas que auxiliam a obtenção dos objetivos terapêuticos. Pois, podem afetar o individuo de forma a despertar novas respostas emocionais quando ele estabelece relação entre as metáforas e a situação em que se encontra.
As metáforas são uma fala profunda que fazem refletir sobre o que é e o que poderia ser. O que está oculto e o que pode ser desvelado. A metáfora é um instrumento linguístico com a qual o terapeuta se expressar e faz o cliente entender mensagens que com uma conversação direta seria muito difícil. Levam o sujeito a refletir sobre a questão pontuada e assinalam uma nova forma de lidar com o assunto de maneira mais equilibrada e aceitável.
O Jardim de Tia Ester faz parte de um grupo de metáforas que criei e que uso com muito sucesso junto aos clientes. A mesma “história” pode ser utilizada para diversas situações. Dependendo da percepção fina do terapeuta. Que possa minha amada Tia Ester participar do processo de cura de almas aflitas.
O Jardim de Tia Ester – As Flores Tortas.
Minha tia Ester sempre gostou muito de plantas. Sua dedicação ao seu jardim, ao que plantava e cuidava era de fazer gosto. Ela tinha um jardim muito bem cuidado. Mas, eu lembro que nem sempre foi assim. Quando ela comprou a casa em que vivia tinha uma área na frente que ela decidiu plantar flores, as suas flores, decidiu plantar somente as flores de sua predileção; rosas. Isso porque ela dizia conhecer tudo sobre rosas, como se planta, o tipo de solo e como elas se comportavam. Poderia então, controlar todo o processo de relação com essas plantinhas. Comprou mudas, sementes e foi presenteada pelas amigas com diversos vasinhos com plantinhas miúdas.
Tia Ester era muito eficaz e cuidadosa. Limpou uma área somente para suas rosas, colocou as mudas e as sementes. Contudo, ela teve uma surpresa ao perceber que as plantinhas cresciam de forma diferente do esperado e desejado. Entortaram umas, algumas pareciam que cresceram demais, outras não pareciam crescer nunca, diversas rastejavam sobre o solo e algumas se tornaram parasitas de outras plantas, ou seja, aquelas plantas eram todas diferentes uma das outras e não pareciam entender o que minha tia esperava delas. Isso a aborreceu. Pensou até em desistir do jardim...
Mas, o tempo passou e tia Ester começou a vê que as plantas começaram a florir e realmente... Nem todas eram rosa...
Brotaram violetas azuis aveludadas, perfumadas gardênias brancas, pipocaram cravos coloridos com pétalas picotadas, copos de leite de um branco imaculado, orquídeas surgiram como por encanto de pegajosos ramos colados em outras plantas. No meio dessa profusão de flores também vieram as suas rosas... Que pareciam felizes em estar no meio de tantas outras flores.
No fim, tia Ester ficou feliz e tranquila... O jardim terminou por ficar muito bonito. Livres para ser o que eram as plantas floriram e trouxeram para tia Ester um profundo sentimento de bem estar, realização (por ter participado do processo de vida delas) e tolerância para toda plantinha que não se enquadrava naquilo que ela queria ou esperava.
Texto de autoria de Mallika Fittipaldi. 11. 09. 2017